Por ALine Souza
@souzaline
Evento na Zona Oeste aborda apagão de mão de obra, tecnologia nas relações pessoais e outros temas
Iniciando a manhã de debates do 3 ° RH OESTE (17 e 18), promovido pelo Busca RH, a palestra de Eduardo Marques da TKCSA falou sobre o papel do RH à frente das inovações e ferramentas tecnológicas. De acordo com o executivo, o ambiente de trabalho é diverso e cada vez mais as pessoas estão mudando de emprego com um curto espaço de tempo. Já é realidade na geração global falar idiomas, valores de mobilidade e tecnologia acessível. Para ele, cuidar da cultura da empresa é fundamental daqui para frente, a forma de gerir diz muito, principalmente na percepção dos funcionários. “A Geração Y se preocupa muito com os valores similares aos seus no ambiente do trabalho” disse.
Eduardo Marques |
Em 2008 os EUA apontavam 9% de uso das mídias sociais dentro das empresas, a previsão para 2011 é uma porcentagem de 87%. As perspectivas são boas, cada vez mais as pessoas serão selecionadas ou promovidas pela sua própria marca pessoal, ou seja, seu capital de relacionamento será decisivo. “O celular é cada vez mais o escritório, a sala de aula, a casa, um verdadeiro portal para o mundo”, afirma. Será exigido de o funcionário utilizar as redes sociais como meio de aprendizagem. Haverá maior eficiência no modo de gerir a vida pessoal e o trabalho, sendo a qualidade de vida a principal preocupação.
O que faz uma empresa ser boa para um funcionário trabalhar segundo pesquisa da Hay Group de 2009 é a sua capacidade de atrair e reter talentos, ter liderança e cultura forte, comunicação efetiva e estratégia clara, além da capacidade de inovação. “Até mesmo o monitoramento de desempenho vai mudar sob a perspectiva do home officer”, afirma Eduardo Marques. É importante perceber também que os profissionais de RH estão cada vez mais consultivos.
No case da TKCSA, o programa Visão, Missão e Valores (VMV) foi aplicado com base em medidas de engajamento, workshop de capacitação com a liderança, trabalho em equipe, transparência, meio ambiente e ética. “Queremos ser uma ótima empresa para se trabalhar”, disse Marques.
Cláudio STAREC |
Sobre os desafios do RH no conflito entre as gerações, só os mais adaptáveis sobrevivem, como afirmou Cláudio Starec do SENAC Rio parafraseando Darwin. Há um aumento de competitividade em escala global, “é preciso termos organizações que aprendem e há uma tendência irreversível das Mídias Sociais, que podem melhorar nossa comunicação”, disse.
De acordo com Cláudio, saber para onde o mercado está crescendo é importante, afinal, é notório a ascensão da Classe C, que hoje em dia é metade da população do Brasil. “O nosso país está mais feminino, mais solteiro, tem em mente que a educação é o caminho para conseguir renda e o emprego está aumentando”, disse. Ele ainda aponta que teremos 140 milhões de computadores pessoais em 2014 e critérios antigos para novos colaboradores não funcionam mais, “estamos vivendo a era do compartilhamento”, disse.
Reconhecer o funcionário e incentivar a sua motivação e o seu engajamento é parte fundamental para uma gestão. É claro que cada um precisa cuidar de sua própria motivação, principalmente se perguntando sempre qual é o seu grau de empregabilidade, entretanto, “reconhecer, recompensar e comemorar são os três pilates de uma boa gestão, quando ela é feita em conjunto e não de cima para baixo”, disse Starec. Para isso, ter uma boa comunicação é importante.
Painel Mercado de Trabalho |
Já no painel sobre o apagão da mão de obra e a remuneração atual, Ana Paula Caputo, da Protubos, contou que, em sua maior necessidade, que são os profissionais de engenharia, nós estamos abaixo do esperado. “Em níveis mundiais, de mil indivíduos economicamente ativos, 25 são engenheiros. No Brasil, de mil pessoas nas mesmas condições, somente 5 são engenheiros hoje em dia”, relata.
Questões envolvendo as novas gerações e a remuneração novamente vieram à tona. Entretanto, o clima era de descontentamento dos profissionais de RH diante do fato de que as novas gerações estão mais seletivas para com o mercado de trabalho e para com aquelas empresas que não pagam bem pelas funções desempenhadas. Ao que tudo indica, por mais que se evoluam os pensamentos e a valorização dos seres humanos dentro das organizações, permanece a ideia de que fazer um bom trabalho e exigir remuneração condizente com ele não é uma prática legítima.
O pró-reitor da UEZO – Universidade Estadual da Zona Oeste, Anderson Jack Franzen, apresentou alguns números da instituição, que visa desenvolver tecnologia, principalmente no campo do estágio para alunos da UEZO no mercado de trabalho da região da Zona Oeste. “Estamos preocupados em desenvolver ciência e tecnologia e o Brasil precisa estar à frente desta produção de tecnologia para deixar de ser submisso no que diz respeito à inovação”, afirma.
O 3º RH Oeste continua amanhã (18 de novembro)
Mais informações em www.rhoeste.com
Assessoria: Aline Souza 3553-2453
Fotos: Equipe Zeta Probus
Tv Gestão entrevista Cládio Starec |
Anderson Jack Franzen - UEZO |
Rádio RH transmissão ao vivo |
TOKKE faz atividade com o público presente |
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